Avaliação de Risco Ecológico (ARE)

Avaliação de Risco Ecológico

A contaminação do solo e das águas podem gerar grandes impactos ambientais para a fauna e flora de uma região impactada.

Um dos caminhos mais eficazes tecnicamente é o desenvolvimento de Estudos de Avaliação de Risco Ecológico (ARE).

Nesses estudos são identificados os estressores físicos, químicos e ecológicos que podem submeter indivíduos, espécies, grupos, habitas ou ecossistemas a cenários de exposição que possam gerar riscos ao equilíbrio do meio biótico.

Na ARE esses riscos são avaliados e a partir do estabelecimento de metas de recuperação ambiental, são implementadas medidas de intervenção para remediação ambiental de áreas ecologicamente impactadas por contaminação do solo e contaminação da água.

Risco Ecológico e Equilíbrio Ecossistêmico

O risco ecológico é a probabilidade de um estressor (como poluição ou alterações no habitat) causar um efeito adverso numa entidade ecológica, enquanto o equilíbrio ecossistêmico refere-se à estabilidade e sustentabilidade das interações entre espécies e seu ambiente físico. O desequilíbrio ecológico pode resultar em consequências graves, como redução da biodiversidade, perda de serviços ecossistêmicos e aumento de doenças.

O Equilíbrio Ecossistêmico é o estado de equilíbrio dinâmico em que as populações de espécies, as interações entre elas e as condições ambientais (temperatura, nutrientes, etc.) estão em harmonia.

O risco ecológico representa uma ameaça ao equilíbrio ecossistêmico. Quando um estressor causa um efeito adverso, pode perturbar as interações entre organismos e o ambiente, levando a um desequilíbrio.

Autor: Grupo EPA.

Estudo de Caso – SLERA na Bacia do Rio Doce

O rompimento da barragem de Fundão ocorrido em 5 de novembro de 2015 na cidade mineira de Mariana, causou alterações e impactos ambientais na Bacia do Rio Doce, expondo receptores ecológicos ao contato com contaminantes relacionados ao rejeito e a mistura rejeito-solo-sedimento-detrito gerada pelo fluxo de massa associado ao desastre ambiental em questão. Sendo assim, o meio físico e meio biótico, potencialmente impactados, devem ser avaliados a partir de diagnósticos ambientais, estudos de avaliação de risco ecológico e implementação de alternativas de recuperação ambiental que tenham como meta a recuperação de meio ambiente e a proteção a saúde dos ecossistemas impactados. Nesse contexto, a TECNOHIDRO desenvolveu a etapa 1 (Tier 1) Screening Level Ecological Risk Assessment (SLERA) com base no RAGS Ecological Risk (US.EPA, 1997a e 1998), no Guia Canadense para Ecological Risk Assessment (ECCC, 2012) e na norma técnica P4.001 desenvolvida pela CETESB em 2022 para a ARE em Áreas Contaminadas.

O desenvolvimento da etapa SLERA foi baseado em dados secundários do meio físico e biótico obtidos ao longo da bacia do Rio Doce desde o local do rompimento em Mariana até sua foz na cidade de Linhares no Espírito Santo. Essa foi constituída pelas seguintes tarefas: Formulação do Problema, Avaliação de Efeitos Ecológicos, Estimativa de Exposição e Cálculo Preliminar do Risco Ecológico. Os estudos foram desenvolvidos utilizando os princípios apresentados pelo Framework for Metals Risk Assessment (US.EPA, 2007), os quais têm como base as propriedades fundamentais dos metais no meio ambiente.

O balanço das linhas de evidência química, física, ecológica e ecotoxicológica indicou que possíveis estressores químicos, físicos e biológicos podem estar participando de cenários de exposição ecológica de indivíduos, espécies, grupos, habitats e ecossistemas potencialmente expostos aos impactos causados pelo rompimento.

Como conclusão, foi indicado que a etapa 2 (Tier 2) Baseline Ecological Risk Assessment (BERA) deverá ser desenvolvida para definir detalhadamente a partir da coleta de dados primários os riscos ecológicos associados ao rompimento da barragem de Fundão.

Perguntas Frequentes sobre a Avaliação de Risco Ecológico

O que é a Avaliação de Risco Ecológico?

A Avaliação de Risco Ecológico é um processo que avalia a probabilidade de impacto ao meio ambiente através da exposição a estressores ambientais como substâncias químicas e alterações no equilíbrio físico e químico do solo e água.

Como a Avaliação de Risco Ecológico pode beneficiar minha empresa?

A ARE pode auxiliar as empresas a tomar decisões mais informadas sobre seus impactos ambientais e planejar ações de remediação que sejam mais eficazes, econômicas e sustentáveis.

A Avaliação de Risco Ecológico é um processo demorado?

O processo de ARE pode variar de acordo com cada projeto, mas com a ajuda de profissionais especializados, pode ser realizado de maneira eficiente e precisa.

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