Vapor que sai do chão tem cheiro de produto químico e assusta moradores.
Rigesa disse que está apurando causas do problema junto com companhia.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) deu prazo de 15 dias para que a indústria de papel e celulose Rigesa, responsável pela fazenda onde uma fumaça ‘brota’ do chão em Valinhos(SP), apresente um plano de ação para esclarecer a origem do vapor. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (19), com representantes da indústria e que estipulou, também, a adoção de medidas preventivas no local.

No entanto, a Cetesb não informou se a empresa foi multada nem se a fazenda foi interditada. Na quarta-feira (18), os técnicos da companhia foram até a área e recolheram amostras para uma nova análise, mas ainda não há uma previsão de quando esse laudo ficará pronto.

Fumaça que assusta

A fumaça que sai de fendas na terra assusta os moradores do Parque Portugal. O vapor que sai das rachaduras tem cheiro de produto químico e fica ao lado de uma escola e de uma creche. A estudante Carla Gomes, que mora perto da fazenda, afirma que o problema piorou depois de um incêndio na área.

“Dá um sufocamento e dor de cabeça. A informação que a gente tinha era de que isso era lodo de celulose, que era enterrado ali num descarte incorreto. É assustador, porque você vê um buraco com muita fumaça saindo do chão, rachaduras no solo e mau cheiro”, conta.

A área de onde vem a fumaça já foi utilizada pela Rigesa para descarte de restos da produção de papel. Em 1999, a empresa foi obrigada pela Cetesb a fazer um trabalho de recuperação ambiental na região contaminada. Onze anos depois, em 2010, o terreno foi considerado recuperado.

No entanto, após a denúncia dos moradores, técnicos da Cetesb visitaram a fazenda junto com um engenheiro ambiental da empresa e integrantes da brigada de incêndio. Depois de constatar a presença da fumaça, a entidade recolheu amostras do solo para uma nova análise.

Apesar de não saber o que está causando essa fumaça, os moradores afirmam que ela é tóxica e que traz problemas à saúde. A aposentada Leonilda Gomes conta que passa mal toda vez que o vento traz o vapor para a casa dela. “Eu sinto ânsia, dor de garganta, dor de cabeça e falta de apetite”, explica.

A assessoria da Rigesa disse que está apurando as causas da fumaça em conjunto com a Cetesb.

Fonte: G1

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