O solo concentra gás metano – altamente inflamável – proveniente do descarte do desassoreamento do rio Tietê

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou, nesta quinta-feira (21), a suspensão, no prazo de 30 dias, das atividades do campus leste da USP (Universidade de São Paulo) por conta dos problemas ambientais que envolvem o local. O solo concentra gás metano – altamente inflamável – proveniente do descarte do desassoreamento do rio Tietê.

A juíza Laís Helena Bresser Lang Amaral aceitou pedido feito pelo Ministério Público de São Paulo que pediu, por meio de ação pública com pedido de liminar, o fechamento do local até que os problemas apontados pela pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado) sejam resolvidos.

No parecer, a juíza informou que os problemas de contaminação no solo “tem suas origens pelo depósito de elementos contaminantes, por obras de dragagem do Rio Tietê, representando grave risco à integridade física dos alunos e demais pessoas que transitam pelo local (vida e saúde). Há inclusive risco de explosão, pela existência de gás metano no sub-solo”. Ela avaliou ainda que, sabendo da situação de risco do local, e solicitada tanto pelo MP quanto pela Cetesb, com prazos para a realização dos ajustes, a universidade não tomou “providência efetiva”.

A juíza exige que a universidade mantenha a continuidade dos cursos da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) em local adequado. E determinou que a paralisação das obras de ampliação do local acarrete em multa diária de R$ 100 mil.

Em nota, a USP Leste informou que vai recorrer da decisão. E informou que as ações de gerenciamento ambiental do campus “estão em andamento, dentro do que se estabeleceu com a Cetesb, e coordenadas pela Superintendência do Espaço Físico (SEF) da USP”.

Os professores da unidade paralisaram as atividades em setembro deste ano em protesto pela contaminação do solo. O campus foi construído em um terreno onde anteriormente funcionava um depósito de lixo orgânico, e, com o tempo, a contaminação do solo se sobressaiu.

Com o tempo, o lixo pode emitir gás metano. Este gás é tóxico e inflamável, e traz várias complicações à saúde. A decisão foi tomada devido à preocupação com os risco de se trabalhar na área contaminada.

Fonte: R7

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×