Fiscalização da Semam quer acabar com poluição no lençol freático.
Dez lavagens foram notificadas por não cumprirem normatização ambiental.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) iniciou na sexta-feira (6) uma fiscalização em lavagens de veículos de Macapá, com o objetivo de manter o controle ambiental nos empreendimentos. Segundo o órgão, a atividade pode representar risco de poluição ao lençol freático na cidade, com o despejo de material tóxico diretamente na rede de esgoto.

De acordo com Renata Santos, engenheira sanitarista da Semam, a água oriunda da lavagem dos veículos contém substâncias tóxicas capazes de gerar graves danos ambientais, como a contaminação de rios e lagos, atingindo a água subterrânea da capital.

“Essa é uma das atividades que mais podem contaminar o meio ambiente, pois os produtos utilizados, como óleo, graxa e combustível, são corrosivos e contaminam a água do lençol freático da cidade. Isso representa um risco para muitos moradores, já que a maioria das residências em Macapá é abastecida por poço artesiano”, disse.

Segundo Renata, no primeiro dia de fiscalização, dez estabelecimentos foram notificados, por não obedecerem à normatização, estabelecida em lei, para a exploração do serviço e cuidados com o meio ambiente. A fiscalização tem caráter preventivo e verifica o documento da área, a documentação pessoal do proprietário do empreendimento e se ele está obedecendo à legislação do município.

As empresas deverão seguir recomendações da Semam, como, por exemplo, adotar uma caixa separadora, composta por camadas de seixo, carvão e areia, que funcionam como um filtro, que vai separar os materiais poluentes. A caixa deverá ser instalada em um buraco de 1 metro e meio de comprimento, próximo ao local de lavagem dos veículos.

“Neste momento estamos apenas orientando os empreendedores quanto as normas ambientais que serão adotadas. Além da caixa separadora, eles deverão instalar uma caneleta de contenção para que a ághua não escorra até a rua”, afirma Renata.

Caso o estabelecimento não esteja de acordo com a lei, o responsável será notificado a comparecer na secretaria para receber orientações técnicas. Em caso de reincidência ou não comparecimento do proprietário, a fiscalização passará a ser repreensiva, com aplicação de procedimentos administrativos, que vão da interdição do estabelecimento, multa, até a prisão do proprietário.

Fonte: G1

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