Fonte: G1

Empresa reconhece material em parte de Camburi e estuda solução.

Areia escura não tem relação com operações, defende-se.

A Vale tem 90 dias para apresentar uma solução definitiva para retirar o minério de ferro depositado no fundo da Praia de Camburi, em Vitória. A empresa deve estabelecer, também, para qual local será levado o material, conforme acordo firmado entre o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES), o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a Associação da Praia de Camburi, a Associação dos Moradores da Ilha do Boi e representantes da própria Vale, em reunião nesta quarta-feira (3).

A empresa informou que depositou o minério de ferro no extremo norte da praia em 1970 e que está aprofundando os estudos para encontrar a solução adequada. A Vale argumenta que o material confinado não impacta outra área da praia e diz que não há correlação entre a areia escura e as antigas operações da empresa. Segundo a Vale, a coloração escura da areia é de origem natural e possui características monazíticas encontradas em praias do litoral capixaba e que o fato foi evidenciado pelo IEMA e pela Universidade Federal do estado (Ufes) em estudos recentes.

O Ministério Público diz que a Vale já tinha reconhecido o passivo ambiental e aguardava a disponibilidade de um local para fazer o descarte. A empresa possuía a licença necessária e, agora, terá que apresentar ao órgão, em 60 dias, todas as providências que vem adotando sobre a questão. A Vale explicou, em nota, que as alternativas apresentadas se mostraram inviáveis por razões técnicas ou ambientais.

O Iema disse, em nota, que o minério de ferro depositado ponta da Praia de Camburi está contido, é monitorado e não corre risco de se espalhar. O órgão solicitou que a empresa promova a remoção do material, de forma que o procedimento cause o mínimo de impacto ao meio ambiente.

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